Monte Everest. Apenas ouça esse nome e a sua mente provavelmente irá reunir vários tipos de imagens e contos dessa região absolutamente fascinante e misteriosa.
Da gloriosa primeira subida de Sir Edmung Hillary e Tenzing Norgay ao trágico final encontrado por muitos daqueles que buscaram escalar o pico mais alto do planeta, a narrativa de “Chomolugma” é cheia de mistérios e intrigas.
Esse gigante de 8,848 metros não apenas atraiu aventureiros do mundo todo (e talvez o Abominável Homem das Neves), como também testemunhou muitos eventos estranhos, inexplicáveis e assombrados da história do alpinismo.
Abaixo, selecionamos dez dos mistérios mais inexplicados a respeito do pico mais alto do planeta, desde as primeiras expedições europeias que levaram a montanha ao foco internacional no início do século XX.
1. O homem que tentou escalar o Monte Everest de saltos altos
O Everest sempre atraiu muitos fanáticos e excêntricos ao longo dos anos, mas nenhum deles esteve tão fora da casinha como o inglês Maurice Wilson.
Em 1933, Wilson elaborou um plano para voar para as encostas do norte do Everest, aterrando o avião e em seguida subindo até a cimeira.
Ele treinou na Grã Betanha, caminhando e aprendendo a pilotar um avião Gypsy Moth antes de passar o inverno em Darjeeling, onde ele se preparou para a sua escalada. Wilson partiu a pé através do Glaciar Rongbuk em 22 de maio de 1934, mas finalmente foi bloqueado por uma parede de gelo, além da falta de equipamentos de escalada e de experiência.
Seu último registro no diário foi feito em 30 de maio, e o seu corpo foi encontrado no ano seguinte, supostamente em uma lingerie feminina.
Embora essa história nunca tenha sido comprovada, em 1960 uma equipe chinesa encontrou um sapato de salto feminino próximo do local onde Wilson morreu, e depois descobriu que, na verdade, ele tinha trabalhado em uma loja de roupas femininas na Nova Zelândia antes de ficar obcecado pelo Everest, que acabaria por levá-lo a morte.
2. O Abominável Homem das Neves
Muitos dos primeiros avistamentos registrados do Abominável Homem das Neves vem da região do Everest, com o folclore das tribos locais nepalenses e tibetanas falando de uma criatura bípede e noturna que vive no meio deles.
Nos tempos mais recentes, vários avistamentos, pegadas e até mesmo evidências de DNA foram um caminho para fundamentar as reivindicações dos contadores de histórias da região.
Exemplos notáveis incluem enormes pegadas encontradas a 6.000 metros pela expedição ao Everest de Eric Shipton e o couro cabeludo do Homem das Neves contido no mosteiro de Khumjung, no lado sul do Everest.
Provavelmente ainda mais convincentes foram as descobertas de Joshua Gates e sua equipe em 2009. As amostras de cabelo tomadas por Gates a partir de uma série de pegadas que medem 33 centímetros de comprimento e 25 centímetros de largura foram testadas por um analista forense, que concluiu que a amostra continha DNA completamente desconhecido.
3. Primeira subida: Mallory e Irvine?
Quando Sir Edmund e Tenzing Norgay se tornaram os primeiros a superar o Everest em 1953, muitos viram o triunfo com ceticismo. Em 1924, dois ingleses foram vistos através de um telescópio de apenas 200 a 300 metros.
Infelizmente eles nunca voltaram, levando a quase um século de especulações sobre terem sido eles os primeiros a chegaram ao topo do mundo.
Em 1999, quando a expedição de Conrad Anker para encontrar o corpo de um deles, Mallory, terminou em sucesso, os restos congelados do inglês mantiveram mais indícios. Infelizmente eles não encontraram nenhum sinal de sua câmera, o que se esperava para encerrar de vez o debate.
Para quem acredita que os dois ingleses, Mallory e Irvine, foram os primeiros a chegar ao Everest, a maior evidência está em outra coisa: Mallory tinha dito à esposa que ao concluir a subida e chegar no topo, colocaria uma foto dela ali, que ele manteve no bolso interno durante toda a expedição. Quando o corpo foi encontrado, estava sem a foto.
4. Primeira subida: os russos?
Em 1952, antes da famosa conquista de Hillary e Tenzing, uma expedição russa teria tentado escalar o Everest pela rota norte no Tibete.
Os relatórios de notícias sugeriram que esse grupo otimista planejou montar estátuas de Lenin e Stalin ao topo da cúpula.
A expedição fez um acampamento final em cerca de 8 mil metros em preparação para uma candidatura em cume, mas posteriormente desapareceu sem deixar vestígios.
Para esclarecer as coisas, os russos sempre sustentaram que essa expedição não aconteceu, apesar de um relatório de Yevgeniy Gippenreiter no Alpine Journal afirmar que a equipe de 35 pessoas tinha tentado a rota Northeast Ridge.
Além disso, em 1952, Sidney Morning Herald especulou sobre as perspectivas da equipe na montanha. Apesar de muitas tentativas, não foram encontrados registros dos nomes dos membros da equipe ou seus líderes.
5. Os fantasmas do Everest
Sherpa Pemba Dorje tornou-se famosa no mudo da escalada por dois motivos: primeiro a escalada mais rápida registrada do Everest (oito horas e dez minutos), no dia 21 de maio de 2004. Em segundo lugar, os eventos do dia 24 de maio, apenas três dias depois. Ao se aproximar da cúpula do Col do Sul, Dorje encontrou um grupo de escaladores falecidos e congelados na neve.
De repente, ela afirma, estava cercada por algo sobrenatural. Em suas palavras: “Quando parei em um monte de rochas, vi alguns espíritos sob a forma de sombras negras que se aproximavam de mim, esticando as mãos e implorando por algo para comer. Eu acho que esses espíritos eram dos muitos montanhistas mortos durante e depois da ascensão do Mone Everest”.
Os corpos de muitos que morreram ali ainda estão na montanha, e um alpinista que morreu por uma queda acidental está ainda pendurado por uma corda. Muitos corpos ficam presos na “Zona da Morte” acima de 8.000 metros.
6. A terceira pessoa
Em setembro de 1975, os montanhistas britânicos Dougal Haston e Doug Scott foram forçados a passar uma noite na Zona da Morte depois de chegarem ao cume do Everest no final do dia.
Eles cavaram um buraco de neve e se aconchegaram durante a noite, sem saber se sobreviveriam até a manhã. Em seguida, ficaram sem oxigênio, sem alimentos e perto da depleção, a situação era terrível.
Então aconteceu algo inexplicável: os escaladores relataram sentir outra presença na caverna de neve com eles, que não só compartilhou o calor humano, mas também ofereceu conselhos e sugestões para ajudar os alpinistas a permanecerem quentes e vivos.
Outros escaladores do Everest, como Peter Hillary, Loncoln Hall e Reinhold Messner, relataram uma presença semelhante que veio em sua ajuda na montanha em momentos de necessidade.
7. Frank Smythe: aparições, alienígenas ou o sobrenatural?
Em 1933, enquanto tentava pela primeira vez escalar Everest, o alpinista inglês Frank Smythe estava sozinho a 8.565 metros quando testemunhou dois objetos curiosos flutuando no céu.
Eles se assemelhavam fortemente aos balões de pipa em formato, mas um possuía o que parecia ser asas subdesenvolvidas e uma protuberância sugestiva de um bico. Eles pairavam imóveis, mas pareciam pulsar lentamente, em uma pulsação mais lenta do que batidas de corações.
Antes disso, Smythe afirmou ter sido visitado por uma força não identificável durante a subida, e sentiu uma presença forte ao lado dele enquanto subia as encostas. Ele até mesmo tirou um pedaço de bolo de menta do bolso para compartilhar com esse companheiro, acreditando que a entidade invisível era real.
8. Quem foi realmente o primeiro: Hillary ou Tenzing?
Supondo que Mallory, Irvine ou mesmo os russos não alcançassem o topo do mundo antes de morrer, a questão de quem chegou ao topo ainda não é totalmente resolvida.
Depois de seu sucesso, Hillary e Tenzing chegaram a um pacto de cavalaria para nunca revelar quem deu o último passo primeiro, na esperança de desarmar o sentimento anti-imperialista.
Um cartaz que apareceu em Katmandu pouco depois, no entanto, deixou poucas dúvidas sobre quem foi o primeiro, representando Hillary lutando com uma corda a alguns metros atrás do seu companheiro de escalada.
Mais tarde, dois dos filhos de Tenzing também revelariam que o pai lhes havia confidenciado que havia sido ele, e não Hillary, o primeiro.
O próprio Hillary pareceu colocar o assunto em repouso 17 anos depois da morte de Tenzing, em uma entrevista de 2003, quando ele disse: “Partimos às 6:30, eu na liderança, Tenzing atrás de uma corda apertada. Nunca discutimos quem seria o primeiro. Realmente não importava para mim, já que toda a expedição era um assunto de equipe, mas suspeito que Tenzing era bastante deferente ao que via como o Sahib. Então eu cheguei ao topo primeiro, com ele apenas 10 pés ou mais atrás.”
9. Ueli Steck
Em abril de 2017, Ueli Steck, conhecido como “A Máquina Suíça” morreu enquanto se preparava para escalar as cúpulas do Everest e Lhotse de uma só vez, um feito jamais antes realizado. Steck era basicamente o Michael Jordan ou Lionel Messi do mundo do montanhismo, então seu projeto ambicioso não era visto como excessivamente ousado ou arriscado por aqueles que sabiam de sua capacidade. Steck estabeleceu registros de velocidade na face norte do Eiger e a face sul de Annapurna. Ele não era apenas rápido, mas também muito talentoso, sendo famoso pela habilidade técnica, graça e conforto na subida, mesmo em rotas absurdamente difíceis.
Como, então, um alpinista tão conhecido chegou ao seu fim da maneira que ele chegou? Steck caiu do Western Cwm, uma rota que ele já havia escalado antes e que faz parte da rota padrão “turista” até o topo do Everest. Embora, em geral, um empreendimento desafiador e bastante técnico, para um alpinista com a habilidade de Steck, a escalada não deveria ser mais do que uma formalidade, um exercício de treinamento.
A incredulidade com a morte de Steck foi encontrada na comunidade internacional de escalada. Ele escorregou? O gelo ou a neve cederam? Ele sucumbiu às doenças relacionadas à altitude? Nunca será sabido com certeza o porquê da estrela mais aclamada do montanhismo caiu a mais de 300 metros. Como em muitas escaladas, ele subiu sozinho devido à incapacidade de seus parceiros em acompanhá-lo.
Steck estava sozinho no momento do seu acidente, com as testemunhas oculares mais próximas da queda acima de 1,6 km de distância.
10. As mortes de 2017 que nunca aconteceram
Em 22 de maio de 2017, chegaram relatórios ao Everest Base Camp de quatro cadáveres encontrados em uma barraca no Camp Four (a 7.950 metros).
Os presunçosos escaladores teriam morrido de doença de altitude e foram descobertos por uma equipe enviada para a montanha para recuperar o corpo de um alpinista eslovaco que pereceu em sua subida três dias antes.
Quando se soube mais tarde que nenhuma das agências de escalada da montanha dava conta da falta de qualquer alpinista, surgiu confusão quanto a quem seriam os quatro alpinistas mortos.
À medida que as fontes de notícias do mundo relatavam a tragédia, o ministério do turismo nepalês revelou que os corpos deveriam ser de expedições do ano anterior, o que só complicou ainda mais o assunto quando foi descoberto que nenhum deles também havia faltado.
O caso permanece como um dos muitos mistérios a respeito da montanha mais alta e misteriosa da Terra.
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