Em 1911, uma das maiores descobertas do mundo foi feita. Manchetes gritavam que “o homem inglês mais antigo da história” havia sido encontrado. Mas o Homem de Piltdown era muito mais do que isso.
Era uma descoberta indescritível na época. Um cruzamento entre o homem e o macaco. Era a peça que faltava na cadeia evolutiva. O mundo estava extasiado.
DESCOBERTA
O Homem de Piltdown (como o crânio ficou conhecido), era formado por fragmentos de um crânio e de uma mandíbula recuperados em uma mina de cascalho em Piltdown, vila perto de Uckfield, no condado inglês de Sussex. Especialistas da época afirmaram que os fragmentos eram restos fossilizados de uma até ali desconhecida espécie de homem primitivo. O nome latino de Eoanthropus dawsoni foi dado ao espécime.
FRAUDE
A significância do espécime permaneceu objeto de controvérsia até que, com o avanço da ciência, foi declarada em 1953 como uma fraude, consistindo da mandíbula inferior de um orangotango combinada com o crânio de um homem moderno, totalmente desenvolvido. Segundo os relatórios, também foi utilizada uma lima para desgastar os dentes a fim de parecerem mais velhos, bem como os ossos (ou parte destes) foram submetidos a substâncias químicas com o mesmo objetivo. Foi sugerido que a fraude havia sido obra da pessoa tida como sua descobridora, Charles Dawson, que morreu em 1916, antes da farsa ser exposta.
REPERCUSSÃO
Jornais como o The New York Times e o The London Star, que haviam anunciado a descoberta na época, denunciaram a fraude como “A Mentira do Século!”. Eles não estavam errados. Muitos cientistas caíram na mesma, e tiveram sua imagem manchada.
via: “Chain of Fraud”, Roger Lewin 1987.