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A torre desta igreja é tudo que resta de uma vila, que em breve será completamente enterrada

A vila de Geamana, uma vez fez parte de um belo e fértil vale, hoje fica abaixo de 90 metros de lixo industrial.

Os direitos autorais de todas as fotos pertencem a Amos Chapple/RFE/RL 2017. Arquivo de imagens cortesia de Cornel Holhorea.

“40 anos depois que a vila romena foi evacuada, eu e um fotógrafo local, Ciprian Hord” encontramos alguns dos moradores que se recusaram a sair”.

Esta é a vila no início da década de 1970 (sim, essa é a mesma igreja). Planos para extrair cobre de uma montanha próxima já estavam em andamento.

Na primavera de 1977, os garimpeiros enviados pelo líder comunista Nicolae Ceausescu chegaram à Geamana e disseram aos moradores que se preparassem para uma vida em outro lugar. Os aldeões receberam uma compensação de US$ 2.000 por suas casas. As 300 famílias de Geamana foram espalhadas pela Romênia.

O trabalho na mina de Rosia Poieni começava cedo. Esta é a segunda maior mina de cobre da Europa e emprega cerca de 500 pessoas.

Observe o lago de escoamento multicolorido em segundo plano, onde a aldeia já se encontrava.

O mesmo lago, com a mina no canto superior direito da foto tirada por um drone.

Uma vez que as autoridades construíram esta barragem para selar o vale de Geamana, um líquido cinzento e sedoso começou a passar pelas ruas da aldeia.

A lama, que continua a cair no vale até hoje, é resultado de um processo usado pela maioria das minas de cobre.

Foi esse desperdício que afundou Geamana. A lama continua subindo, em uma taxa de cerca de 1 metro a cada ano.

E algumas áreas do lago de escoamento se tornaram vermelhas da “drenagem de minérios ácidos”.

A água vermelha ácida é resultado de chuva e água de nascente que atravessam os minerais expostos pela mina.

O processo ocorre naturalmente, mas a mineração intensifica seu efeito.

Mas, apesar da inundação, nem todos abandonaram o vale de Geamana.

Maria Prata é um dos cerca de 20 aldeões que continuaram lá, se mudando para um terreno mais alto à medida que o lago avançava.

Maria, com 70 anos de idade, diz que passou sua infância em Geamana dormindo em um estábulo, “eu de um lado, as vacas do outro”.

Os aldeões foram assegurados que os túmulos de seus antepassados ​​seriam transferidos. Nunca aconteceu.

Este cemitério foi inundado apenas nos últimos anos. Muitos outros túmulos já estão profundamente abaixo da lama e agora são praticamente impossíveis de recuperar.

Um dos aldeões disse que a empresa de mineração tentou demolir o pináculo desta igreja há cerca de cinco anos. Mas desistiram após protesto dos habitantes locais. Infelizmente, à medida que o lago continua a subir, logo os últimos restos desta aldeia desaparecerão para sempre

 

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