Isto é o que acontece quando um leão torna-se parte de uma família.
Enquanto filmava na África em 1969, Tippi Hedren e seu marido viram uma casa abandonada que tinha sido tomada e habitada por leões. Em seu retorno à América, eles estavam determinados a fazer um filme sobre — e com — leões, com base no que tinham testemunhado, e para aumentar a consciência sobre a situação de risco da espécie.
O treinador de animais Ron Oxley os aconselhou que “para conhecer os leões, você apenas tem que viver com eles por um tempo”. Hedren e seu marido fizeram exatamente isso, levaram leões para dentro de sua casa. Eles reuniram mais de 150 felinos de grande porte, a maior coleção privada já contada.
O filme demorou 11 anos para ser produzido, e se chamou “Roar”, estrelando Hedren e Marshall, além de dirigirem e produzirem. Foi lançado em 1981, custou mais de US$ 17,5 milhões, mas só arrecadou US$ 2 milhões em bilheteria. Um ano depois, Hedren e Marshall se separaram.
Durante a produção do filme, Melanie (foto abaixo), filha do casal, foi atacada por uma leoa e teve que levar 50 pontos no rosto. O diretor de fotografia Jan de Bont teve que ter seu couro cabeludo costurado depois de ser mordido por um leão. Ao todo, mais de 70 pessoas ficaram feridas durante a criação de “Roar”.
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Após o lançamento do filme, Hedren fundou a Shambala Preserve, um santuário animal para a proteção de animais exóticos maltratadas ou negligenciados. A atriz vive lá até hoje, assim como cerca de 70 animais, incluindo o tigre de bengala de Michael Jackson.
Imagens: Michael Rougier/TIME & LIFE Pictures