A primeira minhoca foi descoberta há mais de 15 anos. Ela foi achada numa parede de gelo eterno no afloramento de Duvanny Yar, área no curso do rio Kolyma. Acredita-se que a minhoca tenha quase 42 mil anos de idade. De acordo com o The Siberian Times, essa área em torno do rio Kolyma é historicamente significativa não apenas por causa do verme antigo revivido lá, mas também porque está localizada perto do Parque Pleistocênico, um local que está tentando recriar o habitat Ártico mamute.
A segunda das minhocas reanimadas foi encontrada em 2015 no gelo eterno perto do rio Alazeya. Acredita-se que ela tenha 32 mil anos de idade.
Então, as minhocas, ambas supostamente femininas, ressuscitaram em Moscou no Instituto de Problemas Físico-Químicos e Biológicos da Ciência do Solo. Desde então, elas estão vivendo, comendo e se movendo pela primeira vez desde a época do Pleistoceno.
A capacidade dessas minhocas de voltar à vida após um longo período reforça ainda mais o poder do nematoide. O filo incrivelmente diverso é conhecido, acima de tudo, por sua capacidade de suportar condições realmente extremas. Ou seja, condições que organismos comuns não poderiam sobreviver, de acordo com IFLScience.
Experimentos com nematoides também provaram que eles podem se recuperar de um período de dormência congelada de até 39 anos. Mas este foi o primeiro em que vermes muito mais velhos foram isolados e completamente trazidos de volta à vida.
Os pesquisadores acreditam que esse avanço é importante no campo da criobiose. Suas descobertas fornecem informações valiosas sobre as habilidades adaptativas dos vermes redondos. Na revista, os cientistas disseram:
“Nossos dados demonstram a capacidade de organismos multicelulares sobreviverem a criobiose de longo prazo (dezenas de milhares de anos) sob as condições de crioconservação natural. É óbvio que essa habilidade sugere que os nematoides do Pleistoceno possuem alguns mecanismos adaptativos que podem ser de importância científica e prática para os campos relacionados da ciência, como a criomedicina, a criobiologia e a astrobiologia. ”
Agora, as minhocas reanimadas são consideradas os mais antigos animais vivos do planeta.