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A tragédia dos Andes em que os sobreviventes tiveram que recorrer ao canibalismo

Em 13 de outubro de 1972, o voo fretado Força Aérea Uruguaia 571, que ia de Montevidéu a Santiago, caiu na Cordilheiras dos Andes. A aeronave transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de rugby, seus amigos e familiares. Muitos dos passageiros morreram no acidente e vários outros logo depois, devido ao frio e ferimentos.

Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo.

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Foto da aeronave antes do acidente

DECISÃO DIFÍCIL

Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor: algumas barras de chocolate, lanches variados, e um garrafão de vinho. Durante os dias seguintes ao acidente, dividiram-se esses alimentos em quantidades muito pequenas, a fim de não esgotarem sua oferta escassa. Eles também desenvolveram uma maneira de derreter a neve em água usando metais a partir dos bancos e colocando neve sobre eles. A neve derretia ao sol, e em seguida escorria para garrafas de vinho vazias. Mesmo com o racionamento rigoroso, o estoque de alimentos diminuiu rapidamente. Além disso, não havia vegetação natural ou animais na montanha coberta de neve, e diante de notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, o grupo, coletivamente, tomou a decisão de comer a carne dos corpos de seus companheiros mortos. Essa decisão não foi fácil, já que a maioria eram colegas ou amigos próximos.

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Sobreviventes do acidente dos Andes descansam ao lado dos destroços do avião

RESGATE

As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência dos sobreviventes até 21 de dezembro 1972, mais de dois meses depois do acidente, quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, com enorme sacrifício e em condições desumanas, encontraram um vaqueiro chileno Sergio Catalan, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros 14 sobreviventes.

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Parrado e Canessa com Sergio Catalán

Na manhã seguinte, aqueles que permaneceram no local do acidente ouviram pelo rádio que Parrado e Canessa tinham conseguido encontrar ajuda e na tarde de 22 de dezembro de 1972, dois helicópteros carregando escaladores de busca e resgate chegaram. No entanto, a expedição (com Parrado a bordo) não foi capaz de chegar ao local do acidente até a tarde, quando é muito difícil de voar na Cordilheira dos Andes. Na verdade o tempo estava muito ruim e os dois helicópteros foram capazes de resgatar apenas metade dos sobreviventes. A segunda expedição chegou ao amanhecer de 23 de dezembro e o restante dos sobreviventes foram resgatados.

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Últimos sobreviventes acenando para o helicóptero de resgate após 72 dias de espera

FILME

Em 1993, foi lançado o filme “Alive”, que mostra a história do time uruguaio de rúgbi que estava a bordo da aeronave, e reúne uma série de depoimentos realizados com os sobreviventes do acidente.

 

via Alpine Expeditions

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